O União Brasil e o MDB negociam formar um bloco que estabeleça uma
frente ampla de sustentação ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva
(PT) a partir do ano que vem. A intenção de líderes a par das conversas é que
os dois partidos se unam num bloco tanto na Câmara quanto no Senado.
Em uma perspectiva otimista, poderiam se juntar inclusive ao PT e aos
partidos coligados aos petistas que têm bancada no Congresso, como PSOL, Rede,
PSB, PCdoB, PV, Avante, Pros e Solidariedade.
Dessa forma, o bloco poderia englobar até cerca de 300 dos 513 deputados
federais na Câmara, por exemplo.
A ideia é que juntos se sobreponham a demais partidos do Centrão e aos que tendem a ser oposição ao futuro governo Lula. A articulação também visa puxar o governo Lula mais ao centro do espectro político.
Com a aliança no Congresso, o União Brasil e o MDB estimam ter direito às primeiras e melhores vagas na Mesa Diretora e em comissões. Esses espaços são considerados importantes para a influência de um partido no Parlamento.
No União Brasil, há quem defenda que o partido seja contemplado com
indicações a ministérios ou a cargos em segundo escalão, como em autarquias ou
empresas públicas.