Como esperado por conta da inflação em alta, acumulada em 5,47% no IPCA
de dezembro, o Natal deste ano deve sair mais caro.
Para quem conseguir bancar uma ceia para os familiares, os produtos da
tradicional refeição devem estar 13% mais caros, de acordo com levantamento da
XP.
A empresa de gestão de investimentos mostrou também que os presentes
também vão custar mais que no ano passado.
O preço das roupas aumentou quase 21%, já calçados e acessórios subiram
16,6%, enquanto roupa infantil cresceu 13,6%.
A presença de alguns pratos comuns nas mesas natalinas também fica
comprometida pela alta. Proteínas como bacalhau e frango tiveram altas de 7,9%
e 5,1%, respectivamente. O azeite utilizado em muitos preparos da refeição
também ficou mais caro em 2022 - alta de 6,7%.
Uma das estrelas da noite de Natal deve surpreender muitos consumidores
com custo mais alto nos ingredientes para sua preparação: a rabanada. O grupo
leite e derivados cresceu 26% (o leite in natura ainda mais, quase 40%); o pão
francês, 18%; ovos, quase 20%. O açúcar foi o único com deflação: -1,1%.
Em uma cesta composta por 10 produtos, entre eles aves natalinas,
azeite, caixa de bombom, espumante, lombo, panetone, pernil, peru, sidra e
tender, o aumento de quase 10%, de acordo com o balanço da Associação
Brasileira de Supermercados (Abras).
O valor médio para adquirir esses produtos no Brasil foi calculado em R$
294,75 no início de dezembro, R$ 26,30 a mais do que os R$ 268,45 de igual
período em 2021.