Ao
todo, o Rio Grande do Norte possui 2.831 apenados temporários, de um total de
12.119, segundo dados da Secretaria de Estado da Administração Penitenciária
(Seap).
A
nível nacional, segundo dados do Conselho Nacional de Justiça, o Brasil
tem cerca de 400 mil presos provisórios.
De
acordo com informações do Conselho Nacional de Justiça, a partir do Sistema
Eletrônico de Execução Unificado (SEEU) crimes como roubo, tráfico de drogas,
furto, homicídio e lesão corporal são as infrações mais registradas entre os
apenados do sistema penal potiguar.
Das
19.546 execuções penais em tramitação, que inclui regime fechado, penas
alternativas, medidas de segurança e livramentos condicionais, a maioria dos sentenciados são homens, de 30 a
40 anos e de 18 a 29 anos, representando 66% de todas as execuções penais.
Para
o juiz titular da 1ª Vara de Execuções Penais do RN, Henrique Baltazar dos
Santos, os presos provisórios fazem parte de uma problemática nacional, que
envolve dois fatores: a legislação nacional e a falta de infraestrutura no
judiciário.
“Um
dos motivos é nossa legislação, porque um processo criminal demora muito a
terminar, porque os réus ficam recorrendo. Às vezes é condenado, entra-se com
recurso, vai para instancias superiores, STJ, STF”, lembra o magistrado.
À
nível nacional, segundo dados do Banco Nacional de Monitoramento de Prisões
(BNMP), o Brasil possui de 40 a 45% de sua população carcerária como preso
provisório.
Para
o advogado criminalista Maciel Gonzaga de Luna, a Justiça precisa dar
celeridade aos julgamentos dos presos.