O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, não garantiu um novo aumento do salário mínimo para R$ 1.320. O Poder360 já havia adiantado essa informação. O novo valor foi uma promessa feita pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O ministro afirmou que o recurso do Orçamento que seria destinado ao
salário mínimo foi “consumido” pelo aumento de beneficiários do INSS (Instituto
Nacional do Seguro Social).
O
presidente da República se reúne, nesta quarta-feira (18), com mais de 600
representantes de centrais sindicais no Palácio do Planalto. Essas lideranças
apoiam um reajuste ainda mais generoso: para R$ 1.342 a partir de maio. A reunião deveria ter ocorrido na segunda-feira (16),
mas foi adiada em razão de outros compromissos do presidente.
O ministro da Fazenda não participará do encontro porque estará em
Davos, na Suíça, onde representará o governo no Fórum Econômico Mundial.
O salário mínimo prometido pelo governo, de R$ 1.320, não deverá ser
viável em janeiro. O custo acima do esperado com aposentadorias e pensões –que
têm vínculo com o piso das remunerações do país– limita o reajuste. A tendência
é que o valor fique em R$ 1.302 até o fim do ano.
O valor atual corresponde a uma correção de 7,43%. O percentual é acima
do INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) do ano passado, de 5,93%. Se
subisse para R$ 1.320, o reajuste seria de 8,9%.