A Fundação Nacional de Saúde (Funasa) que foi extinta há um mês por medida provisória editada pelo próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva poderá voltar muito provavelmente para acomodar indicados que lidam com um orçamento robusto nos Estados.
A Funasa tem 26 superintendências e, nos últimos anos, se tornou um
feudo político do PSD, partido do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (MG),
reeleito na quarta-feira.
Outros partidos também querem ocupar cargos na fundação, que tem
orçamento de R$ 3 bilhões. Na lista estão o PP, o PL, o Republicanos, o União
Brasil e o MDB.
"Não é preciso acabar com a Funasa. Nós vamos ter uma reunião, na
próxima semana, com os ministérios das Cidades e da Saúde para tratar desse
tema", disse o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE).
O Palácio do Planalto acertou com partidos aliados a entrega de cargos
de segundo e terceiro escalões para o período subsequente às eleições na Câmara
e no Senado, mas a negociação teve de ser acelerada por causa das dificuldades
enfrentadas por Pacheco.
Foi aí que a recriação da Funasa, também reivindicada por servidores da
instituição - que se reuniram com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL)
-, ganhou força.