Quase três anos após o início da pandemia da Covid-19, magistrados e servidores do Poder Judiciário resistem à volta das atividades presenciais, enquanto há varas e tribunais esvaziados pelo País.
Advogados não encontram juízes e denunciam processos paralisados, além
de longa espera por uma audiência.
Associações e sindicatos se insurgiram contra uma ordem de retorno aos
postos de trabalho imposta pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Servidores reclamam de prejuízos à “rotina” e ao “ambiente familiar”
daqueles que moram fora das comarcas e usam como argumento, inclusive, a “vida
organizada no exterior”.
A decisão contestada é do CNJ, de 17 de novembro de 2022. A nova
resolução determina o prazo de 60 dias para o estabelecimento da rotina
pré-pandemia, que se esgota na quinta-feira.
A Frente Associativa da Magistratura e do Ministério Público (Frentas),
que reúne as principais entidades das categorias, acionou o CNJ, no entanto,
com pedido para a prorrogação do prazo.
Entidades ligadas aos servidores também se rebelaram. A Federação
Nacional dos Servidores do Judiciário (Fenajud) diz que “será afetada toda a
vida de servidores e magistrados de todo o Poder Judiciário que eventualmente
estejam em teletrabalho”.