Um grupo com representantes de
diferentes setores da educação será formado pelo MEC para "corrigir"
problemas da reforma do ensino médio. Desde o início do governo Lula, entidades
e professores têm pedido pela revogação do modelo.
O grupo de trabalho terá
representantes dos alunos, representantes dos secretários de todos os estados
brasileiros.
Segundo o ministro da Educação,
Camilo Santana, o "grande erro" da reforma foi a "falta do
diálogo". Por isso, diz o ministro, o MEC criará o grupo de trabalho para
discutir, fazer escutas e pesquisas sobre o tema.
"O que está em voga ainda fica
valendo. Mas queremos fazer isso [discutir a reforma] rapidamente, ainda neste
semestre", afirmou.
A reforma do ensino médio foi
aprovada em 2017 durante o governo Temer (MDB). A ampliação da carga horária e
a possibilidade de parte das disciplinas ser escolhida pelos alunos fazem parte
das mudanças. O objetivo da mudança era tornar a etapa mais atrativa - devido
aos altos índices de evasão. Críticos da reforma, no entanto, afirmam que o
modelo traz desigualdade, já que nem todas as escolas conseguem ofertar uma
diversidade de itinerários.
Professores, entidades e
especialistas afirmam também que a reforma reduz o espaço de disciplinas como
Filosofia e Sociologia na grade curricular dos alunos.