Após quatro anos do derramamento de óleo nas praias dos
nove estados do Nordeste, além do Espírito Santo e Rio de Janeiro, pescadores
ainda reivindicam reparação pelo comprometimento de suas atividades produtivas
e dos impactos ambientais nas áreas afetadas.
Integrantes da campanha Mar de Luta estiveram em Brasília
em reunião com autoridades e, nesta terça-feira (29), realizaram um ato em
frente ao Palácio do Planalto.
A pescadora artesanal Joana Mousinho, de Itapissuma (PE),
da Articulação Nacional das Pescadoras, disse que, até hoje, os impactos
daquele acidente são muito fortes na economia e na saúde da população. Ela
reclama que o Estado não deu nenhum tipo de acompanhamento aos pescadores
prejudicados.
“De vez em quando, está aparecendo petróleo nas praias,
sumiu algumas espécies, diminuiu as nossas espécies de pescado, de crustáceo, e
também tem o problema da saúde. Muita gente que pegou no petróleo, para retirar
das praias, dos manguezais, têm sequelas hoje, problemas de saúde”, disse à
Agência Brasil.
De agosto de 2019 a março de 2020, foram encontradas manchas de óleo em mais de mil localidades, em 11 estados litorâneos, além do que restou submerso ou presente na forma de micropartículas no ambiente.
Em
dezembro de 2021, a Polícia Federal concluiu a investigação, que apontou que o
material veio de um navio petroleiro de origem grega.