Segundo o relato de Cid, que é tenente-coronel do
Exército, Bolsonaro submeteu o teor do documento em conversa com militares de
alta patente. O delator disse ainda que o então comandante da Marinha,
almirante Almir Garnier, manifestou-se favoravelmente ao plano golpista durante
as conversas de bastidores, mas não houve adesão do Alto Comando das Forças
Armadas.
Cid contou aos investigadores que testemunhou tanto a
reunião em que Martins teria entregue o documento a Bolsonaro quanto a do então
presidente com militares.
O tenente-coronel relatou à PF como uma minuta golpista
chegou às mãos de Jair Bolsonaro, após a derrota nas eleições, e os
desdobramentos do plano de golpe.
Cid contou aos investigadores que, posteriormente,
Bolsonaro teve reuniões com militares de alta patente e mostrou a eles parte do
documento para verificar a receptividade à ideia do plano golpista. O único
apoiador, de acordo com o relato do delator, foi o comandante da Marinha,
almirante Garnier.
Procurada na tarde e noite desta quarta-feira (20) por
mensagens e telefonemas, a defesa de Jair Bolsonaro ainda não respondeu sobre o
assunto.
Com informações do portal UOL