O país registrou um total de 688.461 casos prováveis da
doença nas sete primeiras semanas epidemiológicas do ano.
O número representa aumento de 315% em relação ao mesmo
período do ano passado, quando o Brasil teve 165.839 casos. O índice pode ser
ainda maior, uma vez que os dados do painel devem sofrer atualizações, conforme
chegam novas informações dos municípios.
A situação é alarmante, já que a alta de casos acontece
antes mesmo do período tradicional de pico da doença, entre março e abril. No
ano passado, o país bateu os 688 mil casos apenas na 14ª semana epidemiológica,
no início de abril.
Médico infectologista da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz)
e professor da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), Julio Croda
afirma que a alta é impactada, principalmente, pelo fenômeno El Niño, que eleva
a temperatura e favorece a reprodução do mosquito Aedes aegypti, transmissor da
dengue, zika e chikungunya.