O mundo acaba de ter o janeiro mais quente já registrado, dando continuidade a uma onda de calor alimentada pelas mudanças climáticas, informou o Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus (C3S), da União Europeia, nesta quinta-feira (8).
O mês passado superou o janeiro anterior mais quente, que
ocorreu em 2020, nos registros do C3S desde 1950.
O mês excepcional ocorreu depois que 2023 foi
classificado como o ano mais quente do planeta em registros globais que
remontam a 1850, em meio a mudanças climáticas causadas pelo homem e o fenômeno
climático El Niño. O fenômeno aquece as águas superficiais no leste do Oceano
Pacífico, elevando as temperaturas.
Todos os meses, desde junho, foram os mais quentes já
notificados no mundo, em comparação com o mesmo período dos anos anteriores.
"Além de ser o janeiro mais quente, também acabamos
de passar por um período de 12 meses com mais de 1,5°C acima do período de
referência pré-industrial", disse Samantha Burgess, diretora adjunta do
C3S.
O fenômeno El Niño começou a enfraquecer no mês passado,
e os cientistas indicaram que ele poderia mudar para a contrapartida mais fria,
La Niña, este ano. Ainda assim, as temperaturas médias globais da superfície do
mar no mês passado foram as mais altas de todos os meses de janeiro.