O assédio eleitoral é crime e, desde 2022, o número de denúncias só tem crescido. Para evitar que um trabalhador ou servidor público sofra a pressão direta ou indireta dos patrões ou dos chefes imediatos para votar em determinado candidato, as centrais sindicais lançaram, nesta terça-feira (3), um aplicativo onde é possível que o trabalhador denuncie essa prática antidemocrática.
O lançamento ocorre
em parceria com o Ministério Público do Trabalho (MPT). A iniciativa partiu da
Central Única dos Trabalhadores (CUT), Força Sindical, Nova Central Sindical de
Trabalhadores (NCST), União Geral dos Trabalhadores (UGT), Central dos
Sindicatos Brasileiros (CSB), Pública, Intersindical e MPT. A denúncia pode ser
feita na página do Fórum das Centrais Sindicais.
Paulo Oliveira,
secretário de Organização e Mobilização da CSB, explicou que os trabalhadores
não vão precisar baixar o app. Os sites das centrais e o MPT vão colocar em
suas páginas o QR Code onde o trabalhador, com seu celular, poderá acessar o
canal e denunciar se estiver sendo vítima de assédio eleitoral no ambiente de
trabalho.
O assédio eleitoral,
muitas vezes, ocorre de maneira sutil, segundo a procuradora do MPT Priscila
Moreto, quando um empregador defende que seus funcionários votem em determinado
candidato porque, assim, a empresa continuará crescendo. Caso o trabalhador não
vote no candidato do patrão, o empregador diz que haverá mudanças, quando não
demissões. “Essa é uma das formas do assédio eleitoral”, disse.