O atraso no pagamento do 13º salário, cuja conclusão integral só se dará em 10 de janeiro de 2025 para parte dos servidores do Rio Grande do Norte, gerou críticas e reclamações entre os sindicatos representantes de servidores vinculados às mais diversas áreas que atuam no Estado. O prazo-limite estabelecido em lei para pagamento do décimo é 20 de dezembro.
Janeayre Souto, presidente do Sindicato dos
Trabalhadores do Serviço Público da Administração Direta do RN (Sinsp), disse
que os atrasos são uma escolha política, uma vez que, na avaliação dela, existe
uma tentativa de forçar o sindicalismo potiguar a ir à Assembleia Legislativa
para pressionar os deputados a aprovarem o aumento da alíquota de ICMS.
O coordenador geral do Sindicato dos
Trabalhadores em Educação Pública do Rio Grande do Norte (Sinte-RN), Bruno
Vital, disse que quer buscar respostas junto ao Governo sobre a questão. Ele
argumentou que a Educação possui fundo próprio, o Fundeb, que deve ser
utilizado para o pagamento da gratificação. Mesmo assim, trabalhadores da
Educação foram afetados.
Rosália Fernandes, coordenadora do Sindsaúde
no RN, também falou em indignação. Segundo ela, muitos servidores da saúde
recebem penduricalhos nos salários, mas o governo utilizou como parâmetro para
pagamento do benefício no prazo o valor de R$ 4,2 mil como vencimento bruto.
Santino Arruda, presidente do Sindicato dos
Servidores Públicos da Administração Indireta do Rio Grande do Norte
(Sinai-RN), disse que a situação é de constrangimento.
Conforme anúncio feito pelo Governo, quem
ganha até R$ 4.2 mil, ou seja, 32% (37.022) dos servidores estaduais, receberá
o 13º integral até o próximo dia 20; 49% (57.976) dos servidores, aposentados e
pensionistas receberão o 13º integral no dia 10 de janeiro; 19% dos servidores
estaduais já receberam adiantamento do 13º.