O secretário de Finanças e Planejamento de Parnamirim, Kelps Lima, voltou a insistir que o rombo deixado pela gestão do ex-prefeito Rosano Taveira (Republicanos) deve levar pelo menos dois anos e meio para ser quitado.
Ele detalhou o cenário financeiro encontrado na
Prefeitura do terceiro maior município do RN e listou os problemas enfrentados
pela gestão da prefeita Nilda Cruz (SDD) para colocar as contas em dia.
Segundo ele, a dívida acumulada pela administração
passada chega a cerca de R$ 300 milhões. “É difícil ter o número exato porque todo
dia,aparece um débito novo”, disse.
Segundo o secretário, muitas despesas da gestão Taveira
não foram devidamente empenhadas, o que tem dificultado o mapeamento completo
dos débitos e “gera prejuízos no planejamento e na execução orçamentária”.
O secretário frisou que, entre os débitos identificados,
estão R$ 52 milhões em despesas liquidadas e não pagas, R$ 70 milhões em
despesas empenhadas e não liquidadas, R$ 84 milhões em obrigações financeiras e
R$ 69 milhões em empréstimos. “A dívida consolidada líquida soma R$ 105
milhões”, disse.
Ele revelou que a Prefeitura chegou a ter contas de
energia elétrica prestes a serem cortadas em janeiro passado, por falta de
pagamento, e que os salários de quase dois mil funcionários terceirizados
estavam atrasados há vários meses. “Cooperativas médicas não receberam de
outubro a janeiro e o INSS dos meses de novembro e dezembro também não foi
pago”, lamentou.
A situação crítica obrigou a gestão atual a adotar um
plano de recuperação financeira baseado em austeridade e cortes de despesas.