O La Niña é o resfriamento da superfície das águas do Oceano Pacífico Tropical Central e Oriental.
A ocorrência do fenômeno gera uma série de mudanças nos
padrões de chuva e temperatura em todo planeta, uma delas é o aumento da
entrada de massas de ar frio no Sul e Sudeste do Brasil.
Em dezembro de 2024, a National Oceanic and Atmospheric
Administration (Noaa) confirmou a configuração do La Niña. No entanto, mesmo
com o fenômeno ativo, 2025 começou com maior frequência de bloqueios
atmosféricos, o que dificultou a entrada de frentes frias no país e inibiu a
formação de nuvens de chuva.
Segundo um artigo da meteorologista Patrícia Cassoli,
publicado no Climatempo, em meados de fevereiro águas mais quentes do que o
normal começou a ser observadas no leste do Oceano Pacífico.
“A expectativa é de que nas próximas semanas, a Noaa
oficialize o fim do fenômeno e o retorno à neutralidade climática, ou seja, sem
atuação do La Niña e sem El Niño. As projeções indicam a continuidade da
neutralidade climática até pelo menos meados deste ano”, escreveu.
No entanto, mesmo com o enfraquecimento do La Niña, ela
afirma que massas de ar frio devem chegar à Região Sul já na segunda quinzena
de março. “A expectativa é de que no outono e inverno tenhamos mais massas de
ar polar avançando pelo centro-sul do país em relação ao que foi observado em
2024”, conclui.