22 de abril de 2025

Pelo menos 12 nomes aparecem como favoritos a suceder o Papa Francisco

Com a morte de Francisco, ocorrida nesta segunda-feira (21), aos 88 anos, a pergunta que ronda o Vaticano é uma só: quem será o próximo papa?

O conclave é o processo de escolha de um pontífice, que começa oficialmente 15 dias depois que o líder da Igreja Católica morre ou renuncia ao cargo.

Nesses casos, os cardeais espalhados pelo globo são convocados para a reunião na Capela Sistina, dentro do Vaticano. Só podem votar aqueles que têm menos de 80 anos.

Atualmente, o Colégio Cardinalício é formado por 252 cardeais, sendo 138 eleitores. Há no meio da imprensa italiana, uma lista de 12 papáveis, sem ser um ranking de mais ou menos cotados. Não há brasileiros nem sul-americanos.

Veja abaixo quem são eles, por ordem alfabética.

Anders Arborelius, 75 (Suécia) - Um homem idoso com cabelo grisalho e calvo, frade carmelita e bispo de Estocolmo – Wikimedia Commons

Angelo Bagnasco, 82 (Itália) - Arcebispo emérito da Arquidiocese de Gênova – Wikimedia Commons. Mais velho da lista. É considerado um bom nome entre os que esperam pela volta de um italiano conservador ao papado.

 Charles Bo, 76 (Mianmar) - Arcebispo de Yangon, maior cidade e antiga capital de Mianmar, é considerado um candidato forte em temas de injustiça social e diálogo entre religiões. Nomeado por Francisco em 2015.

Jean-Marc Aveline, 66 (França) - Arcebispo de Marselha e nascido na Argélia, é apontado como um preferido do próprio Francisco, especialmente por sua defesa dos imigrantes. Nomeado por Francisco em 2022.

Luis Antonio Tagle, 67 (Filipinas) - Arcebispo emérito de Manila, desde 2019 tem cargo na Cúria Romana, a cúpula do Vaticano. Atualmente, é pró-prefeito do Dicastério para a Evangelização. Considerado o “Francisco asiático”, compartilha a visão do papa em temas como ecologia. Nomeado por Bento 16 em 2012.

Malcolm Ranjith, 77 (Sri Lanka) - Arcebispo de Colombo, capital do Sri Lanka, é outra aposta entre a ala tradicional e conservadora do clero, com o diferencial de estar na Ásia e se alinhar à defesa do meio ambiente como Francisco. Nomeado por Bento 16 em 2012.

Matteo Zuppi, 69 (Itália) - Presidente da Conferência Episcopal Italiana, equivalente à CNBB brasileira, e colaborador do papa em temas internacionais. Foi escolhido como mediador na Guerra da Ucrânia, enviado a Kiev e Moscou. Nomeado por Francisco em 2019.

Péter Erdo, 72 (Hungria) -  O arcebispo de Budapeste, o húngaro Peter Erdo, na Basílica de Esztergom é visto entre os círculos conservadores da Igreja como um nome para se contrapor às ideias de Francisco. Nomeado por João Paulo 2º em 2003.

Pierbattista Pizzaballa, 59 (Itália) - O Patriarca Latino de Jerusalém. Mais jovem da lista, chefia o Patriarcado Latino de Jerusalém. Há mais de 30 anos vive na Terra Santa e conhece profundamente os temas do Oriente Médio, outro assunto caro ao papa. Nomeado por Francisco em 2023.

Pietro Parolin, 70 (Itália) - Cardeal Secretário de Estado do Vaticano, frequentemente citado como papável pela imprensa especializada, desde 2013 é secretário de Estado da Santa Sé, responsável pela diplomacia da Igreja. Nomeado por Francisco em 2014.

Robert Sarah, 79 (Guiné) - Único negro e africano entre os cotados, é uma aposta do campo conservador da Igreja por sua firme oposição ao papado de Francisco em temas como processo sinodal e abertura a casais homossexuais. É prefeito emérito da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos. Nomeado por Bento 16 em 2010.

Willem Eijk, 71 (Holanda) - O cardeal holandês Willem Jacobus Eijk, atual arcebispo de Utrecht – Picasa, é um nome estimado entre os conservadores por suas posições pró-vida, em temas como eutanásia. É contra a bênção a homossexuais, por irem contra a ordem de criação de Deus. Nomeado por Bento 16 em 2012.